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NORMOFILIA

sábado, 23 de abril de 2005

Normofilia.
Acredito! ?Até o normal tem limites!? Quem decide o que é normal? Qual o referencial da normalidade? Por que o rosa é feminino? Por que as notas cítricas e amadeiradas são masculinas? Por que as notas doces, florais são femininas? As mulheres são doces, são todas como flores? Os homens são todos toscos como as madeiras? Ou azedos como os limões?
Parafilias. Eu poderia me excitar com a não-excitação? Posso ter orgasmo ao estar morto? Posso encontrar minha maior satisfação em não-existir? Que loucura! Ou melhor (?) Que normalidade! Que anormalidade! Para quem? Só um responsável estudo científico, feito por pessoas habilitadas e bem-experimentadas para sistematizar esta avassaladora onda de comportamentos sexuais que pululam em todo o mundo.
Eu quis brincar, mas o negócio é seríssimo! Imagino, repentinamente, pessoas que têm prazer em ver formigas comendo baratas. Ou que sentem orgasmo ao ler cartazes de filmes brasileiros dos anos 70, com a maioria dos atores pouco conhecidos e de cor negra. Imagino que haveria uma tecnicidade progressiva dos tipos de parafilia. Sobre parafilias é possível ler o artigo:
http://www.psiqweb.med.br/dsm/sexual4.html#parafilias
Não quero definir parafilias. Nem os tipos. Mas, transmitir meu espanto, ao ver que a homossexualidade que ainda causa tanta estranheza pode parecer fichinha diante de práticas sexuais (ou seja lá que nome dêem) ainda por serem desvendadas. O próprio conceito de normalidade parece não dar conta de si mesmo.
O fucking machine (prática de ser penetrado por uma máquina em forma de pênis) já virou coisa do passado.
A pedofilia que assusta quantitativa e qualitativamente a sociedade humana atual, parece ser uma prática por se normalizar. É possível identificar nos menores uma possível luta pelo direito de emancipação sexual, ou até de exibição sexual. As coisas que acontecem na sociedade estão tão estranhas, há pessoas que asseguram ter sido assediadas por crianças.
Garotos e garotas de 12, 13, 14 anos se prostituem, se matam, matam, morrem de fome, sede, se drogam, fumam, se masturbam, têm acesso a conteúdo erótico, pornográfico e parafílico. São atores, vítimas e operários da indústria do "prazer" doentio e massificado.
De 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 01, 02, 03, 04. De zero anos ou ainda como embriões. Nem no ventre escapam! Claro! Há crianças que matam, há as que já sabem o que querem, assim como há adultos que raciocinam menos do que uma anta, e nunca sabem o que querem, aliás, nem desejo possuem.
Ainda bem que acredito na transformação. Milagrosa, total, trabalhosa, cansativa, mas creio na transformação. E gostaria que a transformação para melhor, para a paz, para a ausência de distúrbios, de angústias, de perversões, de maldades e malignidades começasse desde agora.
Tenho medo de que não me compreendam. Jesus foi à cruz por incompreensão. Nossa inteligência, nosso poder de conhecimento chega a ser cômico diante da grandeza de Deus, mas o melhor de tudo é que somos parte desta grandeza, ainda que parecendo ou estando em condições miseráveis, atormentados pela fatalidade da morte e por doenças, ameaçados por tantos descaminhos. Em Jesus existe luz. Com o poder desta luz todo mal é desfeito!

O BACURAU

Bacurau... Nunca vi nenhum. Pesquisei o termo na Internet e em dicionários. Trata-se de uma ave noturna que caça à noite e come insetos até o dia amanhecer. Minha mãe foi quem primeiro me falou sobre este animal. Na sua incomum infância (tomando a minha como referencial, se é que a minha foi normal, já nem sei o que é normal- depois eu explico), ela se defrontou com diversos seres bem marcantes, como ocorreu com o Pequeno Príncipe; um deles foi o bacurau. Por quê? Segundo ela conta, havia chegado a noite e ela foi dormir. Quando estava deitada sobre a rede, insurgiu um macabro "amanhã eu vou". Só ouvindo para compreender a estranheza. Parecia alguém, e mais alguéns, e mais alguéns, repetindo "A-manhã, eu vooou! Amanhã eu vou!" Um coral de gritos distantes e guturais "Amanhã eu vou!". Eram os bacuraus. Assim, ela notou que tenho o brasileiríssimo hábito de dizer "amanhã eu vou", contudo, esse amanhã nunca chega! Ou tarda tremendamente! Eu mesmo não entendo porque deixo tudo para amanhã: um demorado amanhã. Sou um bacurau! Amanhã vou pedir perdão, amanhã vou perguntar o que estou querendo ou precisando saber, amanhã vou resolver um antigo problema, amanhã vou, amanhã eu vou! A manhã voou. O dia voou. Amanhã vou cumprir uma palavra dada, vou atualizar minha vida, vou limpar meu quarto, vou pagar um débito. Fica sempre o canto do bacurau:" Amanhã eu vou!". Amanhã!!!!!
 

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