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Árvore à beira do caminho

segunda-feira, 1 de maio de 2006


Se olhas pra tua vida e vês uma estrada deserta, e te vês como uma árvore sem fruto, lembra-te que em algum momento pudeste e podes ser sombra. Algum viajante errante pode, de repente, fazer morada debaixo de tua sombra por alguns instantes, alguns dias. E alguém pode descansar à tua sombra e relaxar. E até dormir. Em algum momento, algum pássaro fez ninho em teus galhos. Em algum momento, os passarinhos podem nascer nos teus galhinhos. E alguém pode usar tuas folhas para fazer obras de arte: uma colagem, um modelo para uma pintura. Alguém pode te pesquisar e extrair uma substância nova que salve milhares de vida. São os frutos silenciosos da existência.
Jackson Angelo

Seres humanos produzidos em série


Não é isto o que a ideologia consegue fazer: homogeneizar os indivíduos, tornando-os uma massa amorfa? Ainda batalhamos como David, o Pinóquio futurista de Spielberg em Inteligência Artificial, para ser "único e especial"? A batalha silenciosa da ideologia é uma máquina ruidosa de produção em série. Ela faz com que os olhos possuam a mesma visão e vejam as mesmas coisas, de modo que ninguém note que está usando lentes que não são suas. Lentes que ao se apropriar e impor uma visão, cegam totalmente. As habitações podem ser faraonicamente belas, mas ainda não se achou uma saída da caverna, muito menos consciência da mesma. Até o badalado e endeusado ser diferente fica dentro de padrões, vira uma luva e uma utopia.

Amor verdadeiro: o maior presente!


O amor verdadeiro sempre será maior que nós mesmos!
É sempre o maior presente que podemos dar!

Mamãe


M A M Ã E

Mamãe, sou um segundo teu, um dia teu,

uma pessoa tua, uma face tua, uma vida tua.
Sou livre, sou independente, sou capaz
Espero sempre corresponder a tua maior ansiedade:
"Seja bom e honesto"

Dissecação II

Se arrancarem toda nossa pele, pra onde irá nossa atração? Esta atração que abateu e abate reis e rainhas! Que abateu personagens bíblicos como Davi (eleito pelo coração de Deus: "Achei Davi!"), Sansão (quem lhe fez cortar os cabelos? Dalila!), Abraão (que ansioso antes foi à sua escrava do que esperou o filho da promessa). E abate os personagens irreais do livro "Realidade"! E os personagens reais do livro "Fantasia"! Nossa beleza é tão superficial, ainda assim tão dominadora. As vaidades são tão rápidas e nos consomem tanto tempo, dinheiro, pensamento e a própria alma! É tão superficial nossa quimera, nosso "Narciso". Rapidamente murchamos, isto é inevitável. E o mundo está aí: ou aproveitamos tudo que este mundo oferece, procurando saciar tudo o que nos apetece e cremos trazer imenso, incomparável, irresistível gozo, ou nos afundamos no conhecimento que nunca será suficiente, pois quanto mais conhecemos mais temos uma vaga noção da própria ignorância: é outra quimera! Cada coisa a seu tempo no seu tempo. Equilíbrio! A única esperança verdadeira é a eternidade!
Se arrancarem toda vaidade do nosso eu, o que sobra? Do nosso lar o que sobra? Do nosso viver o que sobra?
Se arrancarem nossas vestes estaremos nus? Apenas superficialmente! Se virem nossos músculos, veias e sangue expostos, verão nudez? Repulsa! Onde nosso olho está a maior parte do tempo? No que é superficial! E nossa consciência quando julgamos? Até que ponto podemos julgar com isenção, justiça? E até que ponto nossos próprios delitos permitem que nos coloquemos como juízes infalíveis?
Ah! Se pudéssemos ver o que há dentro do coração! O olho se assustaria? Sentiria repulsa? se é que este tipo de visão é aceito, valorizado! Ao ver a inveja, o homicídio, a maldade, o preconceito, a amargura, a mágoa, a tristeza, a solidão, a perturbação, a sanguinolência, que figuras não veriam estes olhos por baixo da beleza fascinante?
Não tenho muito a acrescentar. As coisas mais óbvias são tão esquecidas que parece nunca foram óbvias!
 

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