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Recortes bêbados: O Grito
sexta-feira, 14 de julho de 2006
Pena que não posso gritar aqui o que quero
Não que não exista confiança
Porque não tenho uma resposta ABSOLUTA
Se é que existem respostas absolutas
Hoje eu queria mergulhar na mais densa cachoeira
E ouvir o canto dos pássaros que nunca ouvi
Os tão falados pássaros das florestas e bosques
Que povoam e voam em jardins oníricos:
Quimeras e fantasias, desejos e quereres
Eu sei que existe o grito da liberdade
O grito da vitória
O grito do silêncio
O grito da dor
O grito da alma
E já não sei se vale à pena gritar
Gritei! Eu pude ouvir o meu grito
Eu tremi quando gritei
Eu inchei, peguei fogo, esfumacei
Eu olhei tudo ao redor
Apesar de ter ficado cego
O grito ecoou...
O problema, então, pode estar nos ouvidos
Ou no que foi gritado
Indiferença...............
Queria hoje mergulhar em um infindo mar
Nele me misturar e pra sempre navegar
Como um bolha informe e alegre
Ainda não cheguei no porto
Onde me esperam família e amores
E a minha caminha em que tranquilo repousarei
Bêbado! Sei que estou bêbado
Eu bebi meu veneno
Eu me envenenei
Eu hibernei no meu sepulcro
E de lá enviava meu espírito pra me apavorar
Bêbado de mim mesmo
Do meu "euismo", egoismo,
Dos meus nojos, vômitos e vertigens
Febril, sem saber como agir
Grito
Engolido grito, bebido grito, sumido grito
Não sei o que falo
Não sei falar mais
Não sei se falo
Não sei se calo
Não sei se grito
Porém, GRITO!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
OOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIII!!!!!!
AAA!
AHHHHH!!!!
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