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HUMÁQUINA

domingo, 7 de outubro de 2007

O título deste post é uma combinação das palavras humano e máquina que, respectivamente, aqui simbolizam aquele que tem vontade própria e aquele que não tem vontade própria. Na verdade, quis me referir ao artista, à celebridade, aos seres que movimentam os noticiários, a curiosidade popular, os paparazzi, o que eles são levados a ser e o quanto as pessoas se deixam referencializar na pessoa deles, na ótica, tato, querer, modo de ver e de ser visto destes personagens. Não é minha intenção ser claro ou esclarecer, apenas deixar que a imaginação trabalhe em sensações e palavras do momento.

Eu posso, você espera
Eu sou notícia, você lê
Eu apareço, você fotografa
Eu uso, você quer
Eu jogo fora, você lambe
Eu estiro o dedo, você fica feliz
Eu erro, você delira
Eu escondo, todo mundo sabe
Ninguém sabe de nada
Eu enlouqueço e bebo, sou tua droga
Sou teu vício e bandeira, você festeja
Eu arranco os cabelos de tristeza, me drogo, você me idolatra
Na minha vida dá tudo errado, você me segue fielmente
Onde me perco, você quer se achar
Eu atropelo, você quer ser a estrada
Eu desejo, você me dá sua alma
Eu sei que Deus me vê, você não vê a Deus
Um dia sou quadrado, noutro triângulo, você sem forma
Eu identidade, você margem
Eu faço sombra do avião, você corre atrás no deserto
Eu silencio, você aguarda me ouvir
Você é meu criador, meu predador
Eu levanto as mãos, você se joga do precipício
Eu sei quje existo, os cientistas me estudam
Sou tema de discussão, sou tese de doutorado
Sou camisa, lápis, caderno, filme, televisão
Sou videogame, luva, bicicleta, xampu, cigarro
Eu sei que existo, pois é assim que você pensa
Eu me movimento, cumpro um itinerário
Eu faço o show
Você é meu velório apoteótico
Liguem os refletores, os flashes, os holofotes, abram as cortinas
Afiem os dentes e as garras
Devorem a presa
 

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