O teu dia (wallpaper, jpeg)

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Ao amanhecer, a vida já te envia flores: a luz do sol já ilumina o dia. O dia da cidade, o dia do hemisfério, o dia dos teus vizinhos. O teu dia. Mesmo que as nuvens cubram todo o céu, é possível saber que é dia, porque sua claridade já se faz sentir; elas nos é conhecida, é uma companhia íntima e silenciosa.

Começam e terminam guerras e batalhas, sorrisos vão e vêm. Passam as tristezas, ainda que demoradas. Dores insistem em querer roubar o direito de ter paz conosco mesmo. Erros e acertos dividem as decisões, os pensamentos. A consciência dança quase se embriagando de realidades e fantasias, para avaliar os movimentos da alma. Passa o filme da vida em uma tela mental, em que tantas vezes dói ser diretor, personagem, ou mesmo figurinista... mas há tantos papéis, tanta coisa pra sustentar nos ombros. Se colocarem mais uma peninha, se cair mais uma gotinha, temos certeza que cairemos.
Os olhos voltados pra dentro.
O dia sempre faz parte do cenário.
E não há nada novo debaixo dos céus.
Não sei se gostaria de representar o papel do dia. O dia vê tanta coisa. E nada fala. Se ele falasse tudo o que visse, quantas surpresas. Mesmo quando a noite lhe ocupa o lugar, escondendo o sol, e as luzes artificiais pululam.
A noite com seus esconderijos e mistérios... não tem mais ela a ver com o homem do que o dia?

ps.: esse texto é só um exercício mental; não pretende ser completo ou incompleto. Só queria dizer o quanto é bom ter a certeza da luz do dia.

(Em 07/04/2008. Revisitado em maio de 2021)