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Matriculados na Escola de Caim (ótimo para reflexão)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fonte: http://www.genizahvirtual.com
Autor: Hermes Fernandes

"Ai deles! Entraram pelo caminho de Caim..."
(Judas 11a).

"O caminho de Caim" é a rota de colisão entre o homem e Deus, e entre o homem e seu semelhante. O Caminho ( que é Cristo! ) proposto pelo Evangelho é o do encontro, da reconciliação entre o Criador e a criatura, e entre o homem e seu próximo.

Tanto a colisão quanto o encontro são frutos de uma convergência entre pontos. A diferença é que no encontro as partes se integram, se unem, e às vezes se fundem. Já a colisão tem efeitos colaterais devastadores. As partes se chocam, produzem atrito, e às vezes se esfacelam.

O texto bíblico diz que Caim irou-se por achar que Deus não atentava para sua oferta, como para a oferta de seu irmão Abel. Esse descontentamento foi fruto da comparação. - Por que ele, e não eu?

Toda inveja/ciúme é fruto da comparação. Quando nos comparamos uns com os outros, temos a tendência de achar que somos injustiçados, preteridos, e que, de alguma maneira, nossos direitos estão sendo lesados. Daí vem o senso de justiça própria.

O invejoso é aquele que acusa Deus de agir com injustiça, por preferir uns, e preterir outros. Mas a Bíblia é clara ao dizer que para Deus não há acepção de pessoas.

Abel não era o favorito de Deus, como insinuava Caim. Suas ofertas eram aceitas porque eram feitas com o coração puro, sem a pretensão de desbancar seu irmão. Já as ofertas de Caim tinham a marca da presunção.

Infelizmente, muitos que se dizem cristãos parecem ter se matriculado na escola de Caim. Até testemunhos são dados com a intenção de demonstrar o quanto são importantes para Deus, em detrimento de seus irmãos. Acham que dar testemunho é contar vantagem, se cartar, instigando seus irmãos à inveja. - Vejam, vocês não têm a fé que eu tenho.

Esse espírito de Caim tem sido estimulado até dentro dos lares, onde os filhos disputam a atenção e predileção dos pais.

As Escrituras nos advertem a não sermos como Caim, "que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão, justas" (1 Jo. 3:12).

A existência de Abel se tornou uma afronta para Caim. Por isso, ele não hesitou em matá-lo. Convidou-o para um passeio no campo, e quando seu irmão se distraiu, apunhalou-o pelas costas, cometendo o primeiro homicídio narrado pelas Escrituras.

Talvez não tenhamos a coragem que ele teve de tirar a vida do próprio irmão. Mas se nutrimos um sentimento de ódio, alimentado pela inveja e pela justiça própria, aos olhos de Deus somos tão homicidas quanto Caim.

"Todo que odeia a seu irmão é homicida..." (1 Jo.3:15a). E esse instinto homicida, uma vez nutrido, pode nos levar a matar nosso irmão, pelo simples fato de sua existência se nos tornar numa afronta.

Há muitas formas de "matar" alguém. Podemos matá-lo à prestação, usando nossa língua como arma. Podemos matá-lo ao privá-lo de seus direitos. Podemos interditar seus sonhos, boicotá-lo com nossos comentários maldosos, ou simplesmente ignorá-lo.

O Caminho de Caim é o caminho do ódio, do extermínio, que busca se auto-justificar alegando ser vítima de uma injustiça. Já o Caminho de Cristo é o caminho do amor, que em vez de tirar a vida, se oferece para dar a vida, sem qualquer pretensão de ser recompensado.

"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós. E devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (1 Jo.3:16).

O amor faz cessar toda contenda, toda demanda, toda reivindicação. O foco deixa de ser nossos direitos, para ser o bem-estar de nosso semelhante.

Novas molduras floridas (PNG)

OFF-TOPIC:

G
uarde bem o seu coração, seja seletivo com seus sentimentos;
medite nestas duas sentenças de Juvenal:
"A uva apodrecerá só por estar em presença de uva podre."
"
Todo o rebanho dos campos perece pela sarna de um único animal."
Retenha o que é bom; guarde e alimente o que traz alívio, paz, alegria.


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Minha esperança

Tenho pensado ultimamente sobre as características do corpo humano, no que se refere ao seu certo e inequívoco envelhecimento, perda de força, sujeição a várias problemas de saúde, doenças, deformações. Bem como das coisas negativas que podem acometer nossa alma: angústia, remorso, amargura, tristeza, sentimentos de perda, abandono, solidão, decepção, dores muito profundas.
Uma faca, um instrumento pontiagudo podem nos deixar cicatrizes que nunca sairão da pele.
Um tiro pode me matar. Uma queda, um acidente de carro, uma gripe nova; ma bactéria minúscula e desconhecida, com poder para me fazer sofrer muito e até matar.
Uma angústia pode perturbar a alma por anos e nos roubar a vida, a visão, as amizades.
Palavras que ferem podem ecoar em nosso interior, nos fazendo não ouvir mais nada.
Podemos começar a agir como pessoas sem cura para um monte de vozes, gritos e ecos que nos condenam a só sentir dor e tristeza.
O que me consola é saber que há em Cristo a certeza de um corpo incorruptível.
Vou envelhecer, não sei o que sofrerei, que doença poderei ter, se sofrerei algum acidente. Espero que não e sei que tenho como obrigação pensar na minha velhice, de modo que ela seja a mais suportável pra mim e pras pessoas com quem convivo.
Mas a vida pode reservas surpresas. Ninguém está imune aos infortúnios. A gente sempre acha que certos problemas nunca vão acontecer conosco.
Sei que o que digo é tudo muito óbvio. Como já disse várias vezes, o óbvio é tão desvalorizado em tantos discursos. É como algo que não precisa ser dito, já que a pessoa mais idiota sabe, conhece o óbvio. Só que o que perturba é as pessoas ignorarem e desvalorizarem esse óbvio, de tal modo que prejudicam suas vidas e de outras pessoas, seus múltiplos relacionamentos, sua saúde.
Vejo, muitas vezes, um certo medo do óbvio.
Por que então me consolo com esse corpo incorruptível prometido por Cristo?
Porque primeiro não terei mais carne que apodrece, que se mancha, que busca prazeres de perdição, que se engana com carinhos comprados, que engorda, adoece, que sabe que vai morrer certamente.
Segundo, porque não terei mais dores, angústias, tristezas mórbidas que machucam a alma. Tristeza mórbida, remorso, amargura, angústia, sofrimento, tudo isso é coisa desse mundo e da natureza corruptível.
Em 1 Cor 15.52-53 está escrito: "num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta (porque a trombeta soará). Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. É necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que este corpo mortal se revista da imortalidade. "
Então, quando vem a dor, quando pego uma gripe, quando sinto pontadas de inveja, quando vejo os efeitos dos meus maus pensamentos, quando lembro dos cortes, das quedas, das muitas doenças pelas quais já passei, sinto saudades do que nem posso imaginar: incorruptibilidade e imortalidade.
Esse mundo é passageiro, tudo passa tão rápido, a vida terrena é muito curta.
É loucura, mas essa esperança é certa.

Extrema solidão X extrema companhia

No dia a dia a gente acaba se deparando com uma ou outra mensagem, reflexão, com algo que nos faz pensar, repensar. Vou registrar alguns deles no blog, pra que eu relembre mais facilmente depois. E se possível ajudar as pessoas de algum modo.

Extrema solidão X extrema companhia

Hoje conversava com uma amiga, e ela me falava dos seus momentos de extrema solidão com Deus. Na hora me deu vontade de dizer e acabei dizendo que eram momentos de extrema companhia.
Imagine ter a companhia daquele que tudo pode, que é justo juiz, que compreende de modo completo, a quem podemos confiar inteiramente e contar tudo sobre nossas vidas, nossos maus pensamentos, as interrogações que até ririam se falássemos, nossos sonhos, expactativas, os segredos mais profundos, mesmo os que não revelamos a ninguém. É a este alguém a quem podemos nos dirigir, sem precisar marcar hora, sem precisar celular. A tecnologia é a fé.
Nesse caso, jamais será extrema solidão, será extrema companhia. Quando Deus fez a Terra, Deus falava sobre o vazio e a escuridão do planeta, mas sua intenção foi preenchê-lo com muita vida e iluminá-lo. Noutras passagens da bíblia, Deus afirma ter criado a Terra para que fosse habitada. Então, é assim que Deus quer nossas vidas: sem vazio, sem escuridão, sem nada que nos cegue, nos desoriente; quer nossa existência com vida, não como um planeta escuro e desabitado. Na verdade, não existe companhia que preencha mais a vida do que a de Deus.


(Jackson Angelo)
 

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