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Eu não sou assim! Isto não faz parte da minha natureza

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Faz algumas semanas que esse pensamento tá amadurecendo em mim. Quer dizer, ele não é fruto do agora, mas de meses, talvez anos... pra ser mais exato, falo de acordo com que meu coração consegue acreditar e ter por correto.

Queria enfatizar que quando eu falar algo, principalmente em tom crítico, por favor, não tome unicamente pra si mesmo. Eu falo mais pra mim mesmo do que pra qualquer pessoa. Falo mais de acordo com o que vivo e sinto do que por qualquer pessoa.

Eu entendo este sensor. Tenho que entender. Mas, pra mim é difícil ter de aceitar palavras que despertem culpa.

Às vezes parece ser tão bom ser como uma máquina: fria, insensível, com respostas automáticas. Xingue o computador, diga que ele nada vale: não adianta! Ele permanecerá impassível. Ofereça dinheiro para o corretor ortográfico aceitar seus erros, ele não aceitará.



Lembra de alguém que te fez mal, muito mal? Que te magoou de tal modo que , por mais que tenha dificuldade de admitir, dá vontade até de surrar a pessoa, tamanha a indignação que causou?
Lembra de alguém a quem muito ajudou e, em troca, levou traições, escárnios e desprezo? Levou em troca tudo o que de modo algum esperava? Se deu amor, receber desamor; se deu carinho e atenção, recebeu desprezo?
Lembre de alguém que em um transporte coletivo te viu precisando de ajuda com pesos e não se ofereceu para carregar as sacolas? Mesmo que você lembre que o tenha ajudado antes. Aí você pensa: "Puxa vida! Eu sempre sou tão prestativo e na hora que preciso ninguém me dá a mão?"
A vontade que pode chegar a ter, com a repetição desses mesmos desastres em diferentes seres humanos, é ser igual a eles: insensível, sem misericórdia.
Você passaou o dia inteiro ajudando alguém de sua família em algo muito importante; no outro dia, não demorou muito, esse mesmo alguém faz uma festa, um passeio e não te convida. Faz uma festa ao teu lado, reúne amigos e outros parentes e você, talvez, o grande idiota, sequer foi lembrado?
Você deu seu ouvido pra ouvir todas as lamentações de alguém e sabe que ajudou essa pessoa na prática, ajudou-a a se abrir, ajudou-a com conselhos. E mais tarde esse mesmo alguém fala tudo o que você disse contra você, sem uma razão aparente? Não reconhece de propósito seus esforços, ignora e despreza?
Te fizeram o mal, mais de uma vez fizeram o mal!! Houve o desprezo, houve a afronta!!
Palavras vis chegaram ao pior nível de insuportabilidade!
E aí: você vai ficar igual a elas? Agir como elas? Vai desacreditar de tudo? Vai achar que não vale à pena ser uma boa pessoa, que o bem não compensa?
Pensando nisso, foi esta a decisão que cheguei em meu coração: "Eu não sou assim! Isto não faz parte da minha natureza, dos meus valores, do que acredito. Eu não vou agir do mesmo modo!"
Ainda que alguém coloque todos contra mim com mentiras, não vou agir assim. Não vou tomar a mentira como meio pra alcançar vis objetivos e abater meus inimigos. Vou continuar acreditando na verdade.
O Dono do mundo pode esperar que todos concordem com ele e assim todos estarão vivos. Mas se eu não acreditar não acreditarei e não concordarei se minha opinião for diferente.
O que quero dizer é que não abra mãos dos seus princípios, dos seus valores, que não ache legal agir de modo desonesto, porque vê os desonestos aparentemente prosperarem.
Que não faça como os maus, não minta como os que mentem para caminhar no mesmo caminho e alcançar o que esse caminho parece oferecer tão docemente.

 

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