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Pra quem devemos ser importantes?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Às vezes queremos ser importantes pra quem não nos dá nenhuma importância; assim, damos o melhor de nós para pessoas que não estão nem aí. Pra elas o importante é que você se doe, esteja online, conectada e obedeça os comandos. Pensamos nela sem cessar, acordamos lembrando do beijo que nunca foi dado, acalentando um sonho que se torna cada dia mais apenas um sonho. Aguardamos ligação, respostas, um início de conversa, ou o fim de uma conversa. Escrevemos uma história vivida apenas por nós mesmos.
Há pessoas que estão na sua vida, mas você é só um figurante, um objeto de cena como uma cadeira, um ventilador, uma mesa. Apenas um objeto de cena. Quando esperamos um obrigado, recebemos uma tapa na cara, na forma de desprezo, de palavras ríspidas, ou de monossílabos fortuitos. Queremos ouvir uma odisséia, ouvimos só o eco do silêncio mais frio.
Chega um momento em que é preciso reavaliar sua posição, seu papel na sua história. Quem é você na sua vida mesmo? Você é o ator principal? Sua história é uma história mesmo, pra ser vivida por você? Devemos ser importantes pra nós mesmos, dar o melhor pra nós mesmos também. Valorizar o momento agora, sua voz, sua ideia, suas aspirações. Ter sonhos, sim, mas que não escravizem a vida real. Ser fiel aos nossos princípios, nunca esquecer a auto-estima. Saber dizer não, ainda que represente perder algo que gostemos, mas que, apesar do gostar, nos prejudica profundamente.
É preciso lembrar de olhar e cultivar afeto e carinho em quem nos ama de verdade, em quem nos mostra respeito; devemos fazer o possível para valorizá-las e mostrar a elas quanto são importantes pra nós, pra nossas vidas.

(Jackson Angelo)
 

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