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Sonhar é um remédio não uma doença

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um momento para mim
Um momento para ver de que cor é a luz que ofusca meus olhos
E me faz ver o que tanto me condeno a não ver
Vou deixar as horas passarem enquanto não quero fazer nada
Enquanto nada atrai meus pensamentos
Enquanto os sentimentos estão todos misturados
E me embriagam
Coragem pra assumir pra mim mesmo que é tão pouco o momento
Que é tão confuso que não dá motivos para me preocupar
Parece que só quero dançar até desmaiar de tão bêbado com meus sentimentos
A não ser que os gritos ecoem em meus gestos
Tanta coisa passa na cabeça
E essa tanta coisa é demais pra mim
Sei que muitos suportam muito mais
Mas estou em mim e isso me deixa fora de mim
Como faz falta um fato rompante
Que mostre que isso tudo é tão vão
Muito mais do que imagino
Procuro todas as músicas boas que conheço
E nada me faz mover um dedo
Nada me faz mover os lábios
Esse sono que não chega
Esse sono que impõe limites
Esse sono nos deixa todos iguais
Passarei horas e até dias sem dormir
Até encontrar esse sono que me leva aos sonhos
Que faz com que eu não pense em nada
Mesmo dormindo meu coração continua falando
Há um sonho para viver
Há uma música para cantar
Há ainda algo que como tufão pode sugar toda construção da realidade
Sigo acreditando no impossível
E continuo encontrando no possível novos átomos e partículas
Que transformam meu universo
Que despedaçam um planeta em novos cosmos
Lá fora e aqui dentro do peito, os meteoros rapidamente são apenas cavalos alados
E voam mansamente na imensidão de mares misteriosos
Onde ouço cantos os mais maviosos, mais profundos
E meu pranto orvalha meu semblante como diamantes da mais sincera humanidade
Passeio em jardins cujos perfumes neutralizam toda tristeza
Sonhar, enfim, é um remédio e não uma doença

(Jackson angelo, embriagado de sentimentos)


 

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