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Mensagem para te trazer alguma alegria

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Muitas estrelas brilham no céu, porém uma estrela só não pode enfeitá-lo por completo. É mais fácil se enternecer com o vê-las espalhadas, mas como que se estivessem reunidas em diferentes espaços, cada qual com seu brilho, com seus diferentes tamanhos de raios. Paradas. Mesmo assim, um céu nunca aparenta se repetir como se fosse a mesma foto no decorrer dos nosso anos.
Muitas histórias podem figurar entre as mais belas de todos os tempos, contudo mesmo os personagens secundários têm sua história em particular. Mesmo a montanha imensa e imóvel aguentou ventos, pisadas, sofre a erosão, o frio intenso e as adversidades do tempo. Alguns grãos de suas rochas podem escapar lentamente. Ainda que não seja original, não seja tão alegre nem tão cheia de sucessos e fatos inesperados, todo dia podemos ter uma simples história para contar. Ou até não contar, talvez pelo sentido oculto que damos ao momento, às pessoas, ao que deixamos de querer atingir por alguma razão especial.
Sozinhos o que aprenderíamos até de nós mesmos? Ainda que distantes, muito distantes de outro, é útil entender o que seja a distância. Mesmo muitos juntos, colados, a solidão cubra como telhado alguma casa abandonada em nosso ser.
Muitos são os belos rostos, belos corpos que marcam o seu tempo, muitos os mais cobiçados homens e mulheres; alguns se eternizam como símbolos de beleza, contudo, todos têm seu tempo. Qual deles pode dizer que achou, viveu e foi amado de verdade pelo seu grande amor? Cada um é responsável pela sua própria resposta. O coração que ama, pelo pouco que entendo do amor, não deve se vender nem enxergar apenas esta superfície esculpida.
Ouvir o cantar mais sublime dos mais belos pássaros não tira a emoção que dá poder ouvir o vento, o farfalhar das árvores, o mover das ondas, o coaxar dos sapos, o latido do cachorro do vizinho, a junção de vozes das pessoas se divertindo, falando, gritando, se comunicando. Mesmo com toda essa explosão de vozes, o silêncio ainda é convidativo, ainda pode nos levar a falas e conversações muitos melhores. Quando falo comigo mesmo parece até que sou outro, mas sou eu mesmo.
E os vilões? Gostaria que não existissem, e, mesmo assim, sendo eles tão maus podem nos ensinar como são nobres os nosso valores. Os problemas mais hostis, mais difíceis até de imaginar ou acreditar que temos que lutar contra, podem nos dar armas para ter maior esperança. As lágrimas mais contundentes, cujo choro foi tão difícil de estancar da alma, ainda podem nos levar a contar a nossa grande história.
Todo grande time de futebol, voleibol, entre outros, tem sempre suas estrelas, seus craques, mas nenhum deles pode dar conta do campo ou quadra sozinho. Mesmo o pior time pode nos dar uma ideia de quão valioso e reconfortante é lutar até o fim. Ter consciência sincera para aceitar, reconhecer os próprios limites e mesmo sabendo de cada um deles, poder se juntar e capengando, falhando e sabendo que vai falhar, ir até a última gota de suor, dando o seu melhor com humildade.
Muitas palavras podem ser ditas, das piores às melhores, das que destroem até às que levantam os mais mortos defuntos, mas acho que a forma como as ouvimos é que determinam o seu impacto sobre nossa vida, nossas ações e pensamentos. Num mundo em que tantos procuram falar ou deixar de falar tanta coisa, aprender a ouvir pode se tornar um grande instrumento para se viver melhor.
Posso dizer "te amo" com a mais densa ternura no olhar, entretanto, o viver cada dia, o que tenho sido e feito pelo outro continuamente pode falar muito melhor do que todas as promessas e confidências de amor juntas.

Agora quero ser bem mais infantil e dizer que se te amo, pode vir a tempestade o amor não muda. Pode ter estrelas ou não no céu, continuo te amando. Posso ficar cego e teu rosto estará para sempre em meu coração. Posso ficar surdo, ainda assim vou te ouvir. Posso não ter uma roupa nova na festa de fim de ano, mas se está do meu lado você é o meu champagne, meu show de fogos de artifício, meu eterno presente.


(Jackson Angelo, em 27/10/2011; AMO VOCÊS)
 

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